21 novembro 2012

Quando somos frágeis



Sentada na praia eu observava uma criança brincando, a menina examinava minuciosamente a areia e com as delicadas mãozinhas colocava no balde, em seguida virava o balde dando inicio á construção de seu projeto. A cena se repetiu por algum tempo e fui vendo os montes de areia tomar a forma de um belo castelo. Distraída que estava a criança não observou que as ondas vinham intrépidas ao seu encontro, chegando cada vez mais perto de sua “construção”. Depois de alguns instantes com o aumento da maré, a onda conseguiu alcançar o pequeno castelo que tendo sua base invadida por ela, desmanchou-se todo. A criança olhava a cena sem poder fazer muita coisa, com raiva chutou o que restara de seu projeto e com os olhos marejados de lágrimas foi reclamar com a mãe...

Depois de ficar alguns segundos pensando na pobre criança, consegui ligar o acontecimento com algo muito comum em nossas vidas. Eu, que a estava observando desde o início, sabia que mais cedo ou mais tarde a onda iria destruir o castelo, o que nem sequer passava por sua cabeça. Comecei a refletir sobre o fato e o associei às nossas vidas. Sabemos bem o quanto é difícil construirmos a nossa felicidade ou estabilidade na vida, e quando conseguimos nos sentimos como um imponente castelo á beira do mar! Mas muitas vezes ficamos perto demais das “ondas”, a vemos crescer e invadir a nossa base, abalando nossa estrutura.
 Essas ondas de que estou falando podem ser comparadas aos nossos sentimentos, sempre inconstantes. Nessa hora nos igualamos a essa criança da praia, gastamos tempo construindo os nossos sonhos, mas deixamos que os nossos sentimentos coloquem tudo a perder simplesmente pelo fato de não prestarmos atenção onde estamos construindo. E é inevitável nossa queda, quem está fora da situação consegue perceber perfeitamente o perigo, assim como eu observei com a menina, mas na maioria das vezes ignoramos o perigo iminente e persistimos no erro.

 A conclusão a que cheguei foi: como podemos deixar coisas tão importantes (nosso castelo de sonhos) serem destruídas por algo tão inconstante como nossos sentimentos? O que sinto hoje não é o que senti ontem e nem o que sentirei amanhã! Como posso então me basear ou tomar atitudes importantes levando em consideração o meu coração? Mas infelizmente isso tem acontecido com muitas pessoas, inclusive comigo. Não vou mentir, nem ser hipócrita em dizer que nunca passei por isso, pelo contrário enfrento essa guerra diariamente e confesso que mesmo sabendo do perigo dos sentimentos eu estava me deixando levar por eles, deixei que eles arrastassem os meus sonhos. Mas agora eu tomei o leme da minha vida de novo, e nada de “deixa a vida me levar”, quem toma as decisões agora sou eu e baseadas na rocha que é o meu Senhor Jesus, com ele não tem como errar! A vida é só uma amiga(o) então não vamos desperdiçar as nossas poucas chances de ser feliz ouvindo um cara tão enganador quanto o nosso coração, sei que já disse isso em outra ocasião mas a coisa é tão séria que tive de repetir, alie-se à sua razão, á sua mente, deixe o passado pra trás, siga em frente e SEJA FELIZ!

2 comentários:

San Bezerra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
San Bezerra disse...

É bem por aí, Moniele, por nosso coração ser corrupto e enganosso, muitas vezes a nossa própria ansiedade estraga tudo.

Em meu blog postei uma vez sobre isso. Faça-me uma visitinha no PIPOCA OU PIRUÁ?:

http://san-bezerra.blogspot.com.br/2012/06/confiar-mesmo-sem-ver.html

Ah, achei bem legal o seu blog!!

Um beijo,
San Bezerra