03 novembro 2012

Um crime perfeito



Ontem eu dormi pensando em você, e hoje a primeira imagem que me ocorreu foi a de seu rosto. Ultimamente tenho pensado muito em nós dois, ou seria melhor dizer em mim e em você? Pensando no que nos tornamos um para o outro e na distância que nos separa, não física. Confesso que não esperava que essa história repercutisse tanto na minha vida, pensava que não lhe veria mais, que nunca nos encontraríamos depois da primeira vez (na verdade era esse o meu plano). Enganei-me.  

O destino, por mais que pareça que não nos quer juntos, sempre tratou de fazer com que nos topássemos nas esquinas da vida.  Gozado, ficamos meses sem nos ver e nos falar e quando eu acho que já consegui despistar meu coração com algo mais interessante pra brincar, você trata de aparecer pra balançá-lo novamente. Já cansei de tentar me desvencilhar disso, será que isso não seria um sinal? De que não deveríamos ficar tão distantes? Mas esse provavelmente é mais um pensamento ridiculamente otimista meu, que nunca deve ser levado em consideração. Eu sei que você já seguiu em frente e não vou culpá-lo por isso, na verdade se existe alguém certo nessa história certamente é você, também não vou dizer que eu farei o mesmo e que a nossa história já não me interessa mais, você saberia pelo meu olhar que minto. Seria precipitado dizer que o que temos aqui é um amor impossível, um amor bandido ao estilo dos romances de Hollywood?  Eu não gosto e não quero acreditar em “final feliz” ao estilo dos contos infantis, mas o fato de ser esta a terceira garota a estar com você depois que terminamos (se é que algum dia começamos), me deixa cada vez mais convencida de que eu seria a pessoa certa pra você.  
Eu só espero que você algum dia reconheça isso, e que não seja tarde demais. Aliás, nem sei se há o que reconhecer, afinal, nunca estivemos juntos o suficiente pra haver tamanho apego. Espero que o destino permita que façamos parte da vida um do outro e que quando esse dia chegar não estejamos cansados de tentar amar.

E apesar de tudo, de sermos os personagens dessa história mal escrita que parece ter sido inventada por uma criança, apesar disso tudo eu gostaria de dizer com meias verdades que ainda que eu tenha de esperar ou até mesmo de abrir mão da minha felicidade pra ver a sua ... assim será. E quando precisar de um abraço, de um colo, de um sorriso, ou mesmo de um xingo eu estarei, mesmo  que não ao seu lado, mas pelo menos  perto de você esperando sua permissão pra te fazer feliz.

Gostaria que soubesse o que muitas vezes omiti, por orgulho ou talvez por medo dessa intensidade de sentimento: Eu te amo! Ainda que pareça clichê. E como diz a sabia canção: “Um dia desses num desses encontros casuais, talvez a gente se encontre... talvez a gente encontre explicações”.

Ao assassino do meu coração
Por ter cometido um crime perfeito.

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