30 setembro 2011

Onde vivem os Monstros...

Quando pequena eu ouvia falar do bicho papão, e do mesmo modo que eu não acreditava em duendes, fadas, papai Noel ou Coelhinho da páscoa, eu também nunca acreditei nessa história. Essa é uma das histórias mais contadas para as crianças em geral, sinceramente não sei com que objetivo, mas tudo bem. Acontece que foi agora com meus 19 anos (hohoho) que eu fui descobrir algumas verdades (e mentiras) no que diz respeito ao bicho papão.

Ao contrário do que muitos pensam e falam ele não mora dentro do armário ou debaixo da cama. Nem se alimenta de criancinhas... kkk Ele também não tem problema algum em sair por ai a luz do dia, mas uma verdade é que ele gosta mesmo é de aparecer quando estamos sozinhos e vulneráveis. Quanto mais você pensa nele, mais forte ele se torna. Quanto menos você quer lembrá-lo mais você se depara com ele. Está sempre presente. Sempre atrapalhando de alguma forma. O tal do bicho papão muitas vezes é tenebroso, cabeludo por assim dizer, mas pode também parecer inofensivo... só que o efeito que ele causa é devastador! Quando nos deparamos com o dito cujo na maioria das vezes ficamos tristes, abatidos e as lágrimas são praticamente inevitáveis. O sentimento que insiste em ficar é como espinho na carne. Incomoda.

O que muitos ainda não sabem é que todos nós temos mesmo um bicho papão que nos persegue, que nos traz medo. O seu alvo não é comer criancinhas, é assombrar nossas vidas, fazer com que não consigamos seguir em frente e alcançar nossos objetivos. E seu nome não é bicho papão, é passado!
Ele mora em nossas mentes, e quando ninguém consegue vê-lo você sabe que ele esta ali atormentando você. Quando você tenta esquecer e seguir em frente, ele aparece de repente pra te trazer dúvida!
Se tem uma coisa que eu entendi é que nunca vou ser feliz enquanto eu estiver presa ao meu passado. Enquanto ele ainda estiver presente em mim nada pode fazer com que ele se torne uma lembrança. Que seja esquecido. Enquanto ele estiver com vida, vai sempre exercer influencia em minhas decisões, se fazendo presente e não passado como ele é. Eu pensava não saber como me livrar do meu passado. Mas a verdade é que no fundo no fundo a gente sabe o que deve ser feito, mas não temos coragem de fazer. A idéia do ‘nunca mais’ é mais assustadora do que qualquer outro sentimento.

Mas até quando ficar presa a algo que não te faz bem? Passado, todos nós temos e vamos continuar tendo enquanto vivermos, mas viver no passado é escolha nossa. Ninguém, eu disse ninguém pode arrancar de mim o que eu tenho que arrancar!
Viver o hoje ou reviver o ontem?- A escolha é minha, a escolha é sua.


Até breve.

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